30 julho 2011

under




Gosto de causas perdidas.Torço pelo que está a perder no ténis e entusiasmo-me quando os homens não se estão a deixar seduzir tão facilmente como eu esperava. Causas perdidas provocam emoções e eu quero comover-me, desfazer-me de raiva, explodir de prazer quando vencer - por fim - a guerra. Eu estou a precisar de causas perdidas.

27 julho 2011

celebrate

Já tinha saudades de chegar tonta a casa. E dos meus amigos. Deles tinha muitas saudades. Viva o verão!

25 julho 2011

respirar

Puxou-a para ele e não disse nada - nunca dizem nada. Aperta-la gradualmente que no fim já se torna insustentável.

literatura

de que gosto? de literatura e de adormecer logo (como diria pedro paixão). gosto de marcas de nascença e de andar descalça, de peixinhos de aquário, tontos. gosto de admirar mulheres bonitas, de querer ser como elas. do primeiro olhar e de passear à beira-mar ao fim da tarde. de olhos cinzentos e voz rouca. gosto de cantar e de ouvir o teu coração quando começa a acelerar na minha cama.

dúzia

daqui a uma dúzia de dias estás nas minhas mãos. de sorriso ridículo e de voz aguçada. os braços longos e o brilho nos olhos - rídiculo também. na alma tens tudo o que eu desconheço, um movimento ondulante que não percebo. estarás nas minhas mãos de olhar esguio, de peito aberto - sei lá - e de pés no arame dos equilibristas.

see through me

eu gosto de luz, de claridade, de ver.

banal, como dizes

Todos os dias faço coisas banais, como atravessar uma rua, observar as pessoas ou beijar quem mais gosto. Como se fossem as tarefas mais normais e fáceis. Porque as faço já há muito tempo, algumas quase desde que me conheço. Cada vez mais penso que as coisas mais básicas e naturais são as mais importantes. Sem elas, o que seria de todas as outras? Continuar a pintar as unhas ou as pálpebras com a mesma paixão com que ando de avião ou comemoro o último dia de Inverno.

nowhere

Tive uma vontade imensa de perder um autocarro e ir de boleia com um imigrante.

24 julho 2011

he

Uma hora, é o que demora.

22 julho 2011

Isn't that crazy?


Depois de Oeiras, Gaia, de um punho de festivais de amigas, de roupas escandalosas e óculos de sol, já não aguentava mais o facto de não se poder agarrar a alguém na música mais melosa. A Carolina só queria um pôr do sol e um namorado abraçado ao melhor som. E nada melhor que Seal ao vivo. Carolina convidou o seu namorado, ofereceu então os bilhetes. Uma onda de motivação e ansiedade incrível percorreu o seu corpo. Era um passo único. Os dois. Cascais. Seal. Juntos. Único.
E então ele convidou os pais.

16 julho 2011

meloa



Para mim Setúbal sempre foi uma cidade feia. Nunca consegui associar-lhe nada bonito. Para dizer verdade até me envergonhava só de dizer onde vivias, porque sabia que para nós conimbricences Setúbal seria inaceitável. Para mim também! Agora acho linda. Que cidade tão pura e tão posta de parte. Que praias bonitas. E as ruas da baixa de que tu não gostas, que marcantes. Um fado antigo pelo ar. Um sítio a que chamam de restaurante numa das ruas paralelas, a comer meloa à colher.

voando



ouviremos um pouco de Franck Sinatra e relembramos os velhos tempos, até nos apetecer cantar baixinho 'heaven, i'm in heaven'

hermet



Sou minimalista e hermética. Ás vezes.

moby



O marés vivas difere dos outros festivais por ser tão calmo, tão soft, tão apaixonante. Douro como plano de fundo e Moby pelo ar. Encanta, de facto.

oldies



Estou cansada e tenho sono, mas é bom reencontrar amigos. Das melhores coisas até.

Açúcar




amanhã não sei bem o que vou fazer. talvez um café a ver o mar. era bom, assim até era capaz de bebê-lo sem açúcar. estive a pensar, e há muito tempo que não sou surpreendida.

leste




moleskine de Nacho Alegre

adagio



Sou uma pessoa que nunca está satisfeita totalmente. há sempre um vazio a preencher. Vivo constantemente numa corda bamba vertiginosa. coração nas mãos, alma desfeita. Um dia haverá uma forma de nos esquecermos de tudo. de olharmos para sítios e não nos lembrarmos de pessoas importantes que por um motivo ou por outro já não existem nas nossas vidas. Haverá forma de camuflar a tristeza. limpar as lágrimas apenas em momentos perfeitos.

maria



apetece-me escrever. dizer como vivo numa bolha cor-de-rosa em que impera uma indignação fútil pela conversa perturbadora dos homens. quase um sussurro sedutor. quase.

Demasiado concreto



apaixonas-te com facilidade?
sim, por tudo. por uma onda, pelo movimento das tuas ancas, pelas luzes das ambulâncias, pelos erros dos livros. pela certeza. pelo abstracto. pelo geral.

mediterrâneo



Fazia sombras chinesas com as mãos, no lanço de escadas que começava à saída do seu quarto. Sonhava um dia navegar no Mediterrâneo e tinha as paredes forradas de livros.

Mas que nada


Mas afinal qual é o mal de ter os braços vazios, em vez de cheios de nada?

Bach



Bach pode ser ouvido em qualquer lado da terra e está sempre muito perto dos anjos do céu.